AMOTINADOS

13.11.09

Navalha


Cortejo a poética estilo navalha de assalto, extraindo sangue e sustento; vileza coagulada nas ventas e a aspereza dos rimadores anárquicos. Entrego-me à cadência amargurada das putas, à fibrosidade cinza das máquinas, à canção criada nas ruas. Ouço o coro da choldra sem história, o semáforo regendo pedintes, a impostura cínica da esmola. Pereço na rítmica da cidade, sitiado por muros e grades numa dilacerada madrugada de outono. (D. Álvares)


Um comentário: