Os caretas querem uma poesia casta, obediente, que não faça pirraça. Uma poesia sem brincos, sem bandeiras, sem acessórios, que diga sempre “sim senhor” e viva prostrada num genuflexório. Eles esperam uma poesia triste, recatada, que não se entrega, engolidora de limites e regras. Mas a minha poesia é ação: grita, trepa, goza e sua. Uma poesia elegância de feira, aroma de rua, com T em peitos, pernas e bundas. Poesia desvairada: corre pelada, propaga indecências, não fica calada. A minha poesia é generosa e selvagem, ama e se dá, curte uma sacanagem e um gostoso ménage à trois. (D.Álvares)
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Continuando com Pessoa:
ResponderExcluir"E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm."